Carmem Red Light, da paraibana londrina, anuncia o videoclipe de “Faith No More”, faixa do EP You Can Shoot But Who's Kill is God, para o próximo dia 20/04. A música é uma crítica ao caráter de marketing das religiões que exploram a fé das pessoas ao redor do mundo.
No vídeo, Carmen retrata vários personagens “sagrados” para provocar e desafiar a hipocrisia que muitos segmentos religiosos apresentam em seus discursos por muitos como verdades absolutas.
Alter ego de Izabella Ricarte, Carmen Red Light homenageia em seu nome a Carmen Miranda e o lendário João Acácio Pereira da Costa, conhecido como Bandido da Luz Vermelha. De forma bastante performática, Carmen quebra estereótipos e apresenta sua arte completa: ela compõe, produz e dirige.
O videoclipe de "Faith No More", filmado em Londres, cidade onde vive há mais de 10 anos, foi produzido e dirigido por ela, de Cajazeiras, Paraíba.
Dirigido por ela, o vídeo foi rodado em Londres e traz personagens “sagrados”, interpretados por Carmen, para provocar e, principalmente, criticar religiões que exploram e divulgam as crenças de pessoas ao redor do mundo. “No Faith no More eu exponho a hipocrisia do cristianismo e a franqueza que tem feito as igrejas usarem a fé como mercado”, revela. “Gostaria de alertar para esse antigo problema social, que ainda hoje está presente”, acrescenta Carmem.
As referências sonoras passam entre artistas como Marilyn Manson, Primal Scream, Prodigy, David Bowie, mas ela especifica que tem uma lista eclética e bastante longa: “Minhas inspirações são inúmeras, como os contos de corda, Luiz Gonzaga, Robert Johnson, Zé Ramalho, Secos e Molhados, Rita Lee, aliás, toda a tropicália. E também canções populares da jurema sacra e das religiões Candomblé e Afro Terreiros, terminando com Xuxa ”(risos).
à propos de l'EP
You Can Shoot But Who’s Kill is God, o EP de estreia da artista, foi lançado no ano passado e apresenta quatro canções que apresentam o universo de Carmen de uma forma muito direta. “Sou um espírito da noite e amo tudo o que a escuridão me dá: a fumaça, as faíscas, os becos, as ruas vazias, os cruzamentos. Gosto de perceber a beleza que existe no escuro, no oculto, naquilo que ninguém vê ”, afirma.
A começar por Faith No More, crítica direta do conservadorismo religioso, chega-se a The Morning Star, "que é como o meu nascimento, a minha chegada", seguida de Mary Rag, que tem a participação da rapper Xumina e presta homenagem a Maria Mulambo, entidade d'Umbanda, Quimbanda e Jurema Sagrada, que admiro muito. A música conta a história de sua vida e morte ”, contextualiza. Para finalizar, ela continua homenageando a entidade Ela É Mulambo, que salva e saúda Exu Marabô e Pomba Gira, grandes representações da tradição religiosa africana, inspiração definitiva de Carmen.
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